terça-feira, 25 de maio de 2010

A Cega do Espelho




Minha amiga Analú mais conhecida como Luluzinha vive um pesadelo há 2 anos!E por muita insistência minha e da nossa outra amiga Ninica ela não está no hospício!Li nesse site uma lenda sobre "Bloody Mary" e o que aconteceu por aqui é mais ou menos assim!Diz a LENDA que uma menina que aos 12 anos viu sua mãe ser espancada e morta pelo pai! A menina tampou os olhos para não ver... O pai com medo de da menina contar pra alguém e ele ser incriminado furou os olhos da menina com uma caco de vidro do espelho mais bonito da casa! Ele se "entusiasmou" tanto com a morte da filha que vestiu ela com um vestidinho mais lindo que ela tinha arrumou o cabelinho dela com fitinhas no cabelo e a enterrou sem seus olhos! Ele sem querer esqueceu do corpo da mulher , que foi achado e ele foi preso!O corpo da menina nunca foi achado!E ela fica por esse bairro vagando em busca do olho mais lindo para se vingar, mas felizmente a pessoa não perde os olhos mais sim a mente!Quem se olha no espelho e diz que ama seus olhos ela faz com que a pessoa sim como se ela estivesse tendo seu olhos furados e deixa ma fitinha do cabelo dela!Minhas amiga e eu decidimos fazer uma festa do pijama.Fomos só nós três em uma casa de 2 andares da frente da minha casa!De repente minha mãe entra e fala cuidado com a brincadeira da cega do espelho!Minhas colegas não conheciam a lenda então eu contei para elas!Engraçadinha,e com olhos lindíssimos Analú que "zoar" com a lenda!Então ela entrou no quarto cujo tem um enorme espelho e disse que amava os olhos dela 3 vezes e com a porta fechada!De repente eu e a Ninica escutamos gritos da Luluzinha e fomos ver o que havia acontecido...O espelho havia quebrado,faltava um pedaço dele e estava cheio de sangue!Luluzinha estava amedrontada com os olhos tampados...Achávamos que ela tinha furado os olhos! Mas quando tiramos as mãos do rosto dela não havia nada..Estavam perfeitos...Olhamos o chão e lá estava uma fitinha do cabelo da Menina cega! Luluzinha diz que ainda vê muito a tal menina com olhos ensangüentados com um vestido rodadinho sujo de terra e o cabelo sujo mas liso com laços de fita nele...Todas as semanas levamos Luluzinha no psicólogo e abominou os espelhos desde o escândalo que ela havia feito! Minha mãe acredita muito nessa lenda e nunca deixou eu olhar demais para o espelho com medo! Eu também acredito na lenda e tenho muito medo! Luluzinha não liga mais tanto quanto ligava para os olhos dela!Ela o esqueceu! Ela jura de pés juntos que a menina arrancou os olhos dela e que ela via seus olhos escorrerem e jorrem sangue e ficaram escarnados com o caco de vidro do espelho enfiado neles! A menina ainda assombra pro aqui, mas quem a chamar ela atenderá!

Não Durma



Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos. Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. - Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. - Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu. Não podia falar. Então virou-se para a frente de novo e recomeçou a andar. Samira o seguiu, mas segundos depois, ele desapareceu. A garota entrou em pânico, olhando a volta à procura de seu guia, mas via apenas as sombras e suas vítimas. Parou, chorando de medo, rezando para acordar, mas continuava ali. Então ouviu os passos. Toc-toc-toc, o som de cascos batendo na pedra e chegando mais perto. O palhaço dos cascos de bode apareceu ao seu lado, com um grande sorriso maldoso. - Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra. Samira deu um grito de pavor, dando-lhe as costas e desatando a correr. Forçava-se a ir mais rápido, como nunca em sua vida, mas os cascos estavam sempre próximos a ela. Depois de muito tempo correndo, acabou tropeçando e caiu. Quando levantou o rosto, o Palhaço estava a sua frente. - Deixe-me ver esses braços. - pediu, antes de segurar seus braços e com as longas unhas, cortar seus pulsos. - Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá. Quando viu o sangue escorrendo, Samira gritou ainda mais assustada, acordando. Por um segundo pensou que estava a salvo, mas então viu seu lençol manchado de sangue e os pulsos abertos. Seus pais entraram logo depois, e a levaram para o hospital. Os médicos cuidaram dos cortes, e a polícia interpretou aquilo como uma tentativa de suicídio, pois não era possível que alguém tivesse entrado na casa. Ou que um palhaço de seus pesadelos a atacasse em sonhos. Samira decidiu que nunca mais dormiria, para nunca voltar para aquele mundo de terror. Começou a tomar remédios para manter-se acordada, e nos anos que se seguiram, acabou se viciando neles. Com dezoito anos, não conseguia sair de casa, tampouco cursar a faculdade, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Tudo para ficar longe dos demônios e de seus sorrisos diabólicos. Um dia, ficou sozinha em casa, e ao descer para a cozinha, encontrou o palhaço lá. Estava sonhando acordada. - Vou esfaquear seus pais. – ele disse, passeando em volta do fogão. – Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai? Ele começou a rir, enquanto Samira chorou. Correu para o banheiro e abriu a caixa de remédios no chão. Todo o seu conteúdo se espalhou pelo chão, enquanto ela pegava desesperada três potes de pílulas. Entrou na banheira e tomou os remédio de uma vez. Fechou os olhos e nunca mais acordou. Quando seus pais voltaram e a encontraram, pensaram que a filha enfim conseguira se matar, e se sentiram culpados. Mas concordaram que ela estava em um lugar melhor agora, longe de tudo o que a apavorava. Como estavam errados. Eu estou com medo. Voltando para o mundo da escuridão, enquanto alguma coisa arranha a porta do meu quarto tentando entrar, me impedindo de fugir. O Palhaço disse que mereço estar aqui, para que descreva o que vejo pela janela. O que eu vejo são monstros de sombra torturando pessoas, com seus sorrisos malignos. E vejo Samira. Ela me contou sua história quando apareci lá pela primeira vez, vagando por aquele mundo. No começo, eu a achava muito bonita, mas logo apareceu careca e nua, implorando por ajuda. Eu tentei lhe explicar que não podia fazer nada, só podia ir para lá quando dormia, e, não sei explicar, achava que isso deixaria o palhaço furioso. Dias depois, seus olhos haviam sido arrancados. - Eu quero ver! – ela gritava para mim, mas sem me ver. – Eu preciso da luz! Da luz... Logo depois, apareceu com sua boca costurada em um sorriso assustador, e nunca mais falou nada. Mas isso já faz muito tempo, agora ela simplesmente vaga, sempre pelo mesmo caminho, mesmo sem ver, levando outras crianças até o palhaço. Elas a seguem, talvez porque sabem que ela um dia já passou por isso. Mas acho que Samira se esqueceu desse tempo. Acho que se acostumou a ser só mais uma criatura amaldiçoada a vagar sem ver, sem pedir ajuda. Condenada a sorrir naquele mundo do mal. O Palhaço diz que vou acabar como ela, se me pegar. Por isso tranco a porta e me escondo na cama. Ouço um rangido de porta sendo aberta. Toc-toc-toc. Viro-me e vejo seu sorriso maligno. Toc-toc-toc Eu não mereço me transformar em algo como Samira. Toc-toc-toc A minha história está acabando, mas ainda posso avisá-lo. Fique longe dos guias. Fique longe da escuridão. Fique longe do Palhaço das Pernas de Bode. Não durma.

 
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